Formas de governo da Igreja

Introdução: O Governo Eclesiástico é a forma administrativa dada a cada Igreja, sendo que cada denominação possui suas particularidades. Há pelo menos quatro modelos tradicionais de Governo Eclesiástico, porém não podemos afirmar que um é mais correto que o outro, pois cada um possui seus valores e falhas, sendo assim, a melhor forma é a definida no estatuto de cada Igreja, que deve ser elaborado da maneira mais bíblica possível.

  • O governo na Igreja Primitiva: A igreja primitiva foi inicialmente liderada pelos apóstolos. Estes por sua vez, foram estabelecendo presbíteros (ou bispos ou anciãos) em cada igreja. Havia uma autoridade central que ultrapassava a autoridade das igrejas locais, como no famoso concílio de Jerusalém, descrito em Ato 15, em que todos se reuniram para decidir questões doutrinárias. Observamos a atuação clara do Espírito Santo no governo da igreja do primeiro século.
  • Características da Igreja Primitiva: Tinham uma organização bem simples, funcionando em casas e sinagogas; Tinham certa independência local; Sua liderança local não inibia ou restringia a participação dos demais membros no exercício dos dons espirituais; Havia certa subordinação doutrinária à autoridade central de Jerusalém e dos demais apóstolos; Os obreiros plantadores de igrejas davam suporte na sua organização e constituição de liderança local.

I - O governo episcopal: Neste sistema mais antigo, adotado pela Igreja Ortodoxa, os ministros principais da Igreja são os bispos. Outros ministros são presbíteros e diáconos. Esse modelo centraliza as decisões na pessoa do presidente da Igreja. Esse modelo de governo é muito comum, principalmente em Igrejas pequenas, onde o pastor é responsável por tomar a decisões, porém, pelo fato de o governo Episcopal dar ao presidente total poder de decisão, o mesmo deve sempre manter todas as suas decisões esclarecidas, a fim de evitar qualquer tipo de questionamento por parte dos membros. O Governo é centralizado na figura de um dirigente, mas que possui um grupo de subalternos, o Colégio Episcopal, responsáveis pela administração da gestão do sistema. No protestantismo os anglicanos, metodistas e grande parte dos luteranos são episcopais. Como denominação evangélica, a Igreja do Evangelho Quadrangular segue este governo, qual o bispo rege uma ou mais regiões eclesiásticas e há ainda os pastores, evangelistas e diáconos.

II - O governo presbiteriano: O governo presbiteriano é uma forma de organização da Igreja que se caracteriza pelo governo de uma assembleia de presbíteros, ou anciãos. Esta forma de governo foi desenvolvida como rejeição ao domínio por hierarquias de bispos individuais (forma de governo episcopal). Esta teoria de governo está fortemente associada com os movimentos da Reforma Protestante na Suíça e na Escócia (calvinistas), com as igrejas reformadas e mais particularmente com a Igreja Presbiteriana. O governo presbiteriano serviu e serve de inspirações a vários regimes democráticos ao redor do mundo, principalmente no que diz respeito às esferas de poder. A forma de governo consiste numa ordem crescente de conselhos. O menor de todos os conselhos, porém o mais importante é o Conselho da Igreja Local, formado pelos ministros docentes (pastores) e pelos ministros regentes (presbíteros). A partir do Conselho da Igreja Local se formarão os demais conselhos. Acima dos conselhos locais se encontram os Presbitérios, formados por presbíteros representantes de cada igreja de sua área de abrangência. Como estância máxima de apelação e decisões sobre a igreja está a Assembleia Geral ou Supremo Concílio, que toma todas as decisões sobre a Igreja e trata dos assuntos externos, ficando a cargo de exercer poder jurídico sobre decisões tomadas por conselhos inferiores.

III - O governo congregacional: Entre as igrejas que adotam o governo congregacional, estão os batistas e os congregacionais. Nesta forma de governo eclesiástico, a igreja é aquela "comunidade local, formada de crentes unidos para a adoração e obediência a Deus, no testemunho público e privado do Evangelho, constitui-se em uma Igreja completa e autônoma, não sujeita em termos de Igreja a qualquer outra entidade senão à sua própria assembleia, e assim formada é representação e sinal visível e localizado da realidade espiritual da Igreja de Cristo em toda a terra." O sistema de governo congregacional é aquele em que a Igreja se reúne em assembleias, para tratar de questões surgidas no seu dia-a-dia e tomar decisões relacionadas ao desenvolvimento de seus trabalhos. O poder de mando de uma Igreja Congregacional reside em suas assembleias.

IV - O governo representativo: Essa forma de governo é caraterizada pela eleição de delegados, para voto em assembleias, para escolha dos dirigentes por um determinado período de tempo, também reconhece a ordenação feminina, a qual chamam de igualdade de ordenação. Essa é a forma de governo adotada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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